Férias! - Marian Keyes (Família Wash #2)

Título Original: Rachel's Holiday 
Data de Publicação: 2010 
Número de Páginas: 559 
Editora: Bertrand Brasil 
Série: Família Walsh #2 
Classificação:

Rachel Walsh tem 27 anos e a grande mágoa de calçar 40. Ela namora Luke Costello, um homem que usa calças de couro justas. E é amiga - pode-se mesmo dizer muy amiga - de drogas. Até que a sua vida vai para o Claustro - a versão irlandesa da Clínica Betty Ford. Ela fica uma fera. Afinal, não é magra o bastante para ser uma toxicômana, certo? Mas, olhando para o lado positivo das coisas, esses centros de reabilitação são cheios de banheiras de hidromassagem, academia e artistas semifissurados (ao menos ela assim ouviu dizer). De mais a mais, bem que já está mesmo na hora de tirar umas feriazinhas. Rachel encontra mais homens de meia-idade usando suéteres marrons e sessões de terapia em grupo do que poderia supor a sua vã filosofia. E o pior é que parecem esperar que ela entre no esquema! Mas quem quer abrir as janelas da alma, quando a vista está longe de ser espetacular? Cheia de dor-de-cotovelo (o nome do cotovelo é Luke), ela busca salvação em Chris, um Homem com um Passado. Um homem que pode dar mais trabalho do que vale... Rachel é levada da dependência química para o terreno desconhecido da maturidade, passando por uma ou duas histórias de amor, neste romance que é, a um tempo, comovente, forte e muito, muito engraçado.

Eu era Rachel Walsh. Uma mulher, uma adulta. Uma matuta, uma gata, uma ovelha perdida. Uma toxicômana. Uma ovelha reencontrada. Uma sobrevivente.
Sexo, drogas e Rock and Roll, a vida de Rachel Wash se resumia a essas três coisas. Na verdade o Rock and Roll era um bônus track em forma de homem chamado Luke Costello, com uma aparência nada convencional de roqueiro dos anos 80, cabelos a la Whitsnake, calças de couro super apertadas e uma virilidade saíndo pelos poros.

Para Rachel sua vida não podia ser melhor, morar em Nova York com sua amiga Bridgit, trabalhar pouco, badalar muito e sair com Luke que junto com seus amigos faziam parte do grupo dos homens-de-verdade, título atribuido por Raquel pela forma excêntrica e completamente fora de moda com que eles se vestiam.

Mas a vida de Raquel não é tão maravilhosa assim, afinal ela vive em uma névoa de Valium, cocaína e alcool, tentando esquecer os problemas, tentando se divertir, tentando superar a timidez, tentando deixar para trás os traumas vividos na infância; para ela as drogas são uma válvula de escape, uma forma de fugir da realidade. Até que um dia ela passa dos limites e tem uma overdose. Seu pai insiste para que ela volte para a Irlanda e se interne no Claustro um famoso centro de tratamento (possivelmente cheio de celebridades e regalias) onde ela poderá se curar do vício e começar uma nova vida.


Férias de Marian Keyes é um chick-lit recheado de emotividade, decepções, perdas, descobertas e um recomeço maravilhoso.

Durante a internação de Raquel no Claustro, mergulhamos em linha reta no seu problema com drogas. O livro é contado utilizando-se de momentos no presente e flashbacks, apartir daí acompanhamos a sua jornada para conhecer a si mesma e as consequências de suas ações.

Todas as etapas que um dependente químico enfrenta em busca da cura, desde a negação inicial, quando imaginamos que todo mundo está exagerando com relação a vida que ela leva, até a aceitação quando percebemos que a verdadeira Raquel é uma mulher carente, complexada e com problemas familiares gerados desde a infância, são contadas de forma leve e divertida pela autora Marian Keyes.

Férias é um livro comovente, com muitos momentos dramáticos, e por tratar de um assunto geralmente tão pesado e polêmico quanto as drogas, poderia se tornar uma leitura triste, deprimente e muitas vezes cansativa. Mas Marian Keyes conseguiu transformar a vida complicada e completamente fora dos trilhos de Raquel Wash em algo extremamente engraçado e surpreendente. Mesmo os momentos de maior tensão, quando Raquel começa a perceber as burradas que fez e todas as coisas e pessoas que perdeu por isso, são recheados por diálogos, lembranças e pensamentos tocantes e hilários que dão a história um tom divertido sem deixar de lado os problemas reais que um viciado enfrenta.

Para terminar a postagem eu não poderia deixar de lado meus comentários pessoais sobre Luke Costello. Ele é um mocinho completamente fora dos padrões estéticos a que estamos acostumados, apesar disso é gostoso demais, tem um charme e uma virilidade que fazem até uma estátua de pedra suspirar (não é exagero, ele é realmente demais). Além disso só muito amor para suportar todas as coisas que Raquel aprontou enquanto eles estavam juntos.
Assim como Raquel eu jamais imaginei que pudesse me apaixonar por um dos homens-de-verdade, mas preciso admitir que torcia pelos flashbacks em que ele aparecia, achava lindo os momentos em que ele falava "gata" e suspirava a cada "momento pegação" entre ele e Raquel.
Resumindo: Luke vem cantar "Is this Love?" pra mim.

— Estarei vendo coisas? — Brigit apanhou um colete de couro com o nome "Whitesnake" escrito nas costas. Sacudiu a cabeça, quase triste, e perguntou: — Em que ano nós estamos, Luke? Me diz só em que ano nós estamos.
Estava demorando. Ela fazia isso toda vez que via Luke.
— Em 1972, é claro — disse Luke.
— Não estamos e você sabe disso — tornou ela, curta e grossa:— Estamos em 1997.
Luke fez uma expressão horrorizada:
— Que asneira é essa que você está dizendo, mulher?
— Me dá o jornal, Rachel — ela ordenou. — Olha aqui, seu anacronismo patético, está vendo a data impressa aqui...
Depois de tanta dificuldade para conseguir escrever essa resenha e tentar falar um pouco sobre o que eu senti ao ler o livro, preciso ser sincera e dizer que no início a história demora um pouco a deslanchar e que pensei que seria mais um chick-lit chato e massante, mas persisti e valeu muito a pena, o livro é divertido e relaxante, precisa ser saboreado em pequenas doses e causa um vício muito grande depois de verdadeiramente experimentado. O final apesar de ser considerado por muitos rápido demais, me deixou com um sorriso bobo nos lábios e uma sensação de felicidade cor-de-rosa.

4 comentários:

  1. Estou louca para ler esse livro, dizem que é muito bom, apesar de voce dizer que e um tanto lento no começo quero muito ler, ainda mais por ter te deixado com um sorriso bobo! XD

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  2. Oi, Caline!

    Esse, pra mim, é um dos melhores de Keyes! O que é aquele lindo do Luke?? Meudeus! queria pra mim!!!

    Que bom que depois vc gostou... também fiquei com cara de boba no fim. rsrsr

    um beijo!!

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  3. ei Caline, eu nunca li nada da Marian, mas quando começar vai ser por esse. Esse é o livro dela que mais me interessa, kk.
    Gostei bastante da resenha. ^^

    beijos.

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  4. Eu gosto bastante desse livro, acho que, dos que li da Marian até hoje, é o meu favorito. Realmente, podia ser chato e triste, mas consegue ser bastante divertido... com várias cenas comoventes, claro! ;)

    E o Luke, ah, é o HOMEM DE VERDADE, né? Fora dos padrões, mas um gatão, haha...

    Bjs!

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