A Menina que Brincava com Fogo - Stieg Larsson (Trilogia Millenium #2)

Título Original: Flickan som lekte med elden - 2009

Lisbeth Salander está de volta em mais um investigação cheia de mistérios e reviravoltas. Mas dessa vez a situação é realmente complicada porque a própria Lisbeth é apontada como sendo a responsável pelo assassinato de três pessoas.

Nils Burjman seu atual tutor, Mia Bergman e Dag Svensson um casal que investigava um rede de tráfico e exploração de mulheres, foram assassinados e arma usada foi abandonada no local de um dos crimes com as digitais de Lisbeth.

Para a polícia a resposta parece óbvia, Lisbteh cometeu os crimes. Mas as digitais na arma não respondem a muitas perguntas com relação ao que aconteceu naquela noite.
Que ligação Lisbeth teria com o casal e qual a razão para matá-los?? E Burjman...? Motivos para matá-lo Lisbeth tinha de sobra, mas três assassinatos em uma mesma noite? Existia uma ponte invisível que ligava Bjurman e o casal e era essa falta de ligação entre os dois crimes que começou a intrigar a polícia responsável pela investigação do caso.

As digitais na arma são uma forte prova contra ela, mas muitas perguntas precisavam ser respondidas para que o caso fosse solucionado, perguntas essas que só Salander poderia responder, mas ela evaporou, desapareceu completamente dificultando ainda mais a resolução desse caso que se tornava cada vez mais estranho.

Mas existe algo muito maior por trás dos crimes, algo que envolve Lisbeth mas não da forma que a polícia imagina. Desvendar o passado de Lisbeth pode ser a resposta para tudo, inclusive para descobrir o principal responsável pela organização acusada nas pesquisas de Dag e Mia de exploração sexual. Mas o passado de Lisbeth é literalmente um "top secret", e só uma pessoa acredita que ela é inocente e que existem muito mais coisas por trás dessa história: Super-Blomkvist!

Lisbeth já salvou a sua vida uma vez e ele sente que está mais do que na hora de recompensá-la por isso.

Sonhava com um galão de gasolina e um fósforo. Ela o via, encharcado de gasolina. Podia sentir fisicamente a caixa de fósforos na sua mão. Chacoalhava a caixa de fósforos, que fazia um barulhinho. Ela a abria e escolhia um fósforo. Ouvia-o dizer alguma coisa, mais tapava os ouvidos e não escutava as palavras. Via a expressão no rosto dele enquanto riscava o fósforo. Escutava o roçar do enxofre no riscador. Parecia um trovão demorado. Via a ponta do fósforo se inflamar. Esboçou um sorriso totalmente desprovido de alegria e se endureceu. Aquela era a noite de seus treze anos.
P.10
~~*~~

Agora eu entendo porque esse livro figura até hoje na lista de mais vendidos do The New York Times.
O primeiro livro da trilogia foi muito bom (resenha aqui), mas nada que me deixasse realmente empolgada. Em um certo momento no final do livro quando tudo já havia sido desvendado há muito tempo, pensei que toda a minha expectativa e espera tinham sido em vão, por isso demorei tanto a começar o segundo livro... não estava nada empolgada.
Depois de uma pausa merecida resolvi arriscar e até agora me pego pensando o quanto Stieg Larsson é genial e o quanto nós perdemos com sua morte prematura.

A Menina que Brincava com Fogo é um romance policial sem precedentes. Lisbeth Salander mais uma vez rouba a cena, só que dessa vez Blomkvist que já era secundário é completamente ofuscado por todos os feitos de Salander e pela teia intricada e perfeitamente bem construída de segredos que envolvem a vida da minha mais nova heroína.

Demorei mais do que o normal para terminar a leitura não porque ela estivesse massante, apenas porque eram muitas informações para absorver, eram muitos detalhes que pareciam não fazer sentido mas que no final se encaixavam, eu queria e precisava entender o que o passado de Lisbeth tinha haver com o crime, quais eram os fios que faziam essa ligação. Mas mesmo tentando juntar as peças e chegar perto de descobrir a verdade por trás de tudo eu não consegui chegar nem perto de desvendar os segredos escondidos por trás de todos os acontecimentos.

E o final...? O final é incrível, não dá pra falar mais do que isso sem soltar um SPOILER. Um aviso importantíssimo: não leia esse segundo livro se você não tiver o terceiro, porque a única coisa que manteve as minhas mãos longe d'A Rainha do Castelo de Ar foi o fato de ser o último livro da trilogia e que depois dele não terei mais Salander, nem Blomkvist, nem o maravilhoso dom de Larsson de juntar as palavras e escrever algo tão fascinante quanto a Trilogia Millenium.

4 comentários:

  1. Olá
    Eu estou com primeiro volume da trilogia na estante, mas cadê tempo?
    Ele é enorme e acaba que sempre tenho outras coisas para ler.
    E confesso que estava meio sem querer ler. ;\
    Mas agora com a sua resenha, pode saber que vou ler logo, logo.

    Beijitos

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  2. Eu ainda não li, mas tenho muita vontade, pois é um livro que só ouço coisas boas sobre ele. ^^

    beijos.

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  3. Ainda não li nada dessa série, mas os comentários que vejo sobre a mesma são bons e me fazem ter vontade de conhecê-la. Tomara que eu possa fazer isso logo :)

    beeeijos
    Jéssica

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  4. Ainda não me sobrou dinheiro para poder comprar essa trilogia, so leio elogios e a curiosidade a cada dia aumenta mais!

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