Título Original: Et si c'etait vrai
Data de Publicação: 2013
+ 0,5 (pelo final)
Data de Publicação: 2013
Número de Páginas: 232
Editora: Suma das Letras
Classificação (nota real):
Nota no Skoob: 
Autor francês mais lido em todo o mundo, Marc Levy deve em muito o sucesso de suas vendas e críticas positivas a E se fosse verdade..., livro que marcou sua estreia literária. O romance nasceu da ideia de Levy, à época um empresário de sucesso, escrever uma história para seu filho, para que ele a lesse quando chegasse à idade adulta. Lauren é uma jovem médica com muito potencial: faz residência no San Francisco Memorial Hospital, na Califórnia. Porém, sua carreira promissora é interrompida quando ela é vítima de um grave acidente de carro e fica em estado de coma. Com morte cerebral confirmada, ela acorda e descobre que está fora de seu corpo – incomunicável como um fantasma. De forma misteriosa, Lauren consegue ser vista apenas pelo solitário Arthur, o novo inquilino de seu apartamento. Cético, ele leva algum tempo para acreditar na história da invasora, mas logo o sentimento entre os dois se torna algo a mais. Sem esperanças, os médicos e a família da jovem decidem fazer a eutanásia. Agora, o casal terá que lutar para salvar o corpo de Lauren, e descobrir alguma forma de reuni-lo com sua consciência.
Estou me sentindo tão frustrada que nem consigo organizar as ideias para escrever essa resenha. Sei o que não gostei, porque não gostei, mas não consigo transformar as minhas opiniões em palavras coerentes, mas vou tentar.
Quando comecei a ler E Se Fosse Verdade... esperava ser fisgada pela história nas primeiras linhas, mas as páginas foram passando e eu me senti alheia a tudo. Não consegui me envolver, nem me prender, era como se as palavras, as emoções e os sentimentos, não estivessem chegando até mim. A forma como a história foi escrita, praticamente impede que o leitor consiga se conectar. Não senti nada. Poderia estar lendo a bula de um remédio e teria o mesmo efeito, nenhum.
Tentei abrir o meu coração e me deixar envolver pelo que deveria ser a melhor parte do livro, o romance. Mas até agora eu me pergunto por que Arthur se apaixonou por Lauren. Ela era tão chata. Queria saber de tudo, era mais curiosa do que criança aprendendo as coisas e se irritava facilmente, era só não fazer o que ela queria. Cadê os momentos fofos, as situações onde eles iam convivendo, se aproximando e se apaixonando? A convivência deles se resumia a Lauren perguntando, Arthur filosofando, ela insistindo, ele fugindo da resposta e filosofando mais uma vez. Na verdade toda a história é cheia de reflexões e momentos filosóficos, discursos sobre como a vida é curta e deve ser aproveitada a cada minuto, poderia ser interessante se não fosse tratado de forma tão maçante.
Um fato que me incomodou bastante na história, foi a forma como Arthur agiu. Ele encontrou uma alma dentro do armário do seu banheiro; não teve medo, não entrou em pânico, nem ficou desesperado. Isso não existe. Em uma única noite ele colocou toda a sua vida em espera para ajudar Lauren, a alma de uma pessoa que nunca tinha visto na vida. Ele não se importava em sair na rua e conversar com ela em lugares públicos. Uma loucura sem tamanho.
Muitos pontos da história são inconsistentes e sem explicação. É difícil citar algum sem soltar spoiler, mas um exemplo seria o fato de apenas Arthur conseguir enxergar Lauren e o autor não dá nenhuma explicação pra isso. Outra inconsistência é o fato de que ela consegue sentar em camas, cadeiras, sofás e não atravessá-los, mas não consegue tocar em alguns objetos por que sua mão passa através deles. Sem falar no sequestro impossível e no policial acreditando em toda história depois.
Os únicos momentos que realmente valeram a pena foram os diálogos entre Arthur e Paul. Paul era sempre irônico por não acreditar que o amigo realmente pudesse ver uma alma. Eu me divertia demais quando os dois estavam juntos e Paul soltava suas pérolas. Pequenos momentos de diversão em meio a um mar de tédio.
O final quase salvou o livro, não chegou a tanto por ter sido muito raso como toda a história, mas pelo menos algumas emoções chegaram até mim e alguns momentos foram bem fofos. Lauren não estava mais tão chata quanto no início e enfim fez algo sensato, atitude que ela deveria ter tomado muitas páginas antes. A última página deixa nos leitores o desejo de mais, com a expectativa de que no próximo o autor faça diferente e consiga desenvolver melhor a história.
E Se Fosse Verdade...é um livro que eu não leria de novo e sendo bem sincera prefiro muito mais o filme. Apesar da essência ser a mesma, como vocês devem imaginar muita coisa está diferente, mas de um jeito muito melhor do que a história escrita. A Jana acusou a tradução da Suma de ter estragado o livro, como não li a versão da Bertrand não dá para comparar. Talvez a escrita do Marc Levy não faça meu tipo. Talvez eu não tenha enxergado a profundidade da história. Enfim, estou tentando arranjar desculpas, mas o fato é que não ocorreu a conexão leitor-livro e não consegui sentir a história.
A história criada por Levy é criativa e interessante e por mais que comigo as coisas não tenham funcionado muito bem, sei que muitas pessoas acharam o livro perfeito. Portanto, leiam, se arrisquem, não criem muitas expectativas e tirem suas próprias conclusões.
O final quase salvou o livro, não chegou a tanto por ter sido muito raso como toda a história, mas pelo menos algumas emoções chegaram até mim e alguns momentos foram bem fofos. Lauren não estava mais tão chata quanto no início e enfim fez algo sensato, atitude que ela deveria ter tomado muitas páginas antes. A última página deixa nos leitores o desejo de mais, com a expectativa de que no próximo o autor faça diferente e consiga desenvolver melhor a história.
E Se Fosse Verdade...é um livro que eu não leria de novo e sendo bem sincera prefiro muito mais o filme. Apesar da essência ser a mesma, como vocês devem imaginar muita coisa está diferente, mas de um jeito muito melhor do que a história escrita. A Jana acusou a tradução da Suma de ter estragado o livro, como não li a versão da Bertrand não dá para comparar. Talvez a escrita do Marc Levy não faça meu tipo. Talvez eu não tenha enxergado a profundidade da história. Enfim, estou tentando arranjar desculpas, mas o fato é que não ocorreu a conexão leitor-livro e não consegui sentir a história.
A história criada por Levy é criativa e interessante e por mais que comigo as coisas não tenham funcionado muito bem, sei que muitas pessoas acharam o livro perfeito. Portanto, leiam, se arrisquem, não criem muitas expectativas e tirem suas próprias conclusões.