Tem Alguém Ai? - Marian Keyes (Família Walsh #4)

Título Original: Anybody Out There?
Data de Publicação: 2009
Número de Páginas: 602
Editora: Bertrand Brasil
Série:  Família Walsh #4
Classificação:

Anna Walsh é um desastre ambulante. Ferida fisicamente e emocionalmente destruída, ela passa os dias deitada no sofá da casa de seus pais em Dublin com uma ideia fixa na cabeça: voltar para Nova York.
Nova York é onde estão seus melhores amigos, é onde fica o Melhor Emprego do Mundo®, que lhe dá acesso a uma quantidade estonteante de produtos de beleza, mas também, e acima de tudo, é a cidade que representa Aidan, seu marido.
Só que nada na vida dela é simples...
Sua volta para Manhattan se torna complicada não só por conta de suas cicatrizes físicas e emocionais, mas também porque Aidan parece ter desaparecido.
Será que é hora de Anna tocar sua vida pra frente? Será que ela vai conseguir (tocar a gente sabe que sim; o negócio é pra frente)?
Uma série de desencontros, uma revelação estarrecedora, dois recém-nascidos e um casamento muito esquisito talvez ajudem Anna a encontrar algumas respostas. E talvez transformem sua vida... para sempre.

Chick-lit não é meu gênero literário favorito, talvez seja porque a maioria dos livros desse gênero que eu tive a chance de ler não alcançaram as minhas expectativas. Irrito-me com as protagonistas, perco a paciência com o desenvolvimento da história e só com muita força de vontade não acrescento mais um livro a lista de abandonados. Mas com Marian Keyes é diferente, seus livros são diferentes. Suas histórias misturam drama e romance em um equilíbrio perfeito, além disso ela sempre retrata situações que podem acontecer com qualquer pessoa.

Tem Alguém Ai? é o quarto livro da Família Wash e conta a história de Anna. Logo no início somos envolvidos por um pequeno mistério. Anna está ferida emocionalmente e fisicamente e enquanto se recupera na casa dos seus pais na Irlanda não consegue tirar seu marido Aidan da cabeça. Ela escreve e-mails para ele todos os dias e o vê em todos os lugares. A única coisa que ela quer é se recuperar para poder voltar para Nova York e poder ficar perto de Aidan novamente. Mas o que aconteceu com ele? Porque ele não responde seus e-mails nem atende suas ligações? Formulei várias hipóteses e não acertei de primeira. A verdade é que esse pequeno mistério em torno de Aidan estava começando a me irritar ao mesmo tempo em que eu não conseguia largar o livro porque precisava saber o que havia acontecido.

Aidan é um homem incrível e totalmente apaixonante. Sexy, carinhoso, inteligente, divertido e atencioso, o homem dos sonhos de toda mulher. Anna tinha consciência disso, eles tinham um relacionamento perfeito e ela precisava encontrá-lo para poder viver tudo novamente.

A história é contada em dois tempos. O presente que mostra uma Anna abalada psicologicamente, carente e insegura, uma mulher apaixonada que quer apenas o seu amor de volta e o passado com lembranças de Anna de como ela conheceu Aidan e tudo o que eles viveram juntos. A vida dos dois era tão perfeita que mesmo com algumas dificuldades parecia um conto de fadas. Ela era bem sucedida e tinha o emprego dos sonhos, além de ter o marido perfeito. Ele era tudo e um pouco mais.

A narração do presente é a parte mais densa do livro, mas em alguns momentos é também a mais tediosa. Anna procura ajuda para encontrar Aidan e nesse momento cheguei a cogitar a possibilidade de largar o livro. Foi uma situação que se perdurou por mais tempo do que deveria, mas ainda bem que quando chegou ao fim a história tomou novos rumos e começou a deslanchar.

Os personagens secundários foram a cereja do bolo e trouxeram alegria ao livro. Mamãe Walsh foi a grande estrela. Como não rir e se emocionar com suas cartas? Suas atitudes estranhas, principalmente em relação ao próprio genro Luke? Jacqui sua amiga magérrima e super sexy (pela forma como ela descreve a amiga não sei como essas duas características podem estar juntas em uma só pessoa) se envolve com um dos "homens de verdade", Joey o cara que toca guitarra imaginária, o relacionamento do dois é uma confusão só e muita diversão para nós. Hellen, a irmã mais nova de Anna, resolve se envolver com o crime organizado e isso rende vários e-mails narrando suas aventuras envolvendo armas, traições e vinganças. Ahhh e não posso esquecer de Luke e Rachel (especialmente de Luke meu amor entre todos os mocinhos da Marian), eles aparecem bastante na história. Depois de se recuperar do vício em drogas, ela fez faculdade de psicologia e se tornou alguém centrada e completamente diferente da garota que conhecemos em Férias!. Luke continua exercendo seu poder sobre todas as mulheres, ninguém consegue resitir a suas calças mega justas e seu charme irresistível, nem mesmo a mamãe Walsh. As cenas em que ela se encontra com o genro são hilárias, é muita testosterona para um homem só.

São muitos personagens, várias subtramas, mas o mais importante é que todos eles de alguma forma só estão preocupados com uma coisa, ajudar Anna a sair da depressão e voltar a ser a garota legal e descolada que sempre foi. Cheguei até a cogitar a possibilidade de que os e-mails de Hellen fossem apenas um artíficio para ajudar Anna a sair da fossa, sempre que ela lia as mensagens contando as aventuras da irmã esquecia dos próprios problemas.

Tem Alguém Ai? trás como tema principal algo bem diferente do que geralmente encontramos nos livros da Marian, o que resultou em uma história com um tom mais dramático e até um pouco triste, mas há também leveza e bom-humor e principalmente uma história forte de superação e recomeço.

Preciso admitir que esperava muito mais do livro principalmente porque ele foi muito bem recomendado, mas ele não conseguiu me fisgar totalmente como aconteceu com os outros livros da Marian. Férias! ainda é o meu favorito para todo o sempre e Luke é sem dúvida o maior responsável por isso.

O final é totalmente diferente do que imaginei, mas não poderia ser de outra forma. O sofrimento e amadurecimento de Anna me ensinou que é possível continuar, que o fim não é o fim, mas o início de uma nova fase de nossas vidas.

11 comentários:

  1. Oi Caline! Comigo é totalmente diferente, eu amo chick-lits, mas nunca li nada da Mirian, comecei a ler melancia e achei tedioso, e acabei abandonando. Mas gostei da resenha, acho que vou tentar Tem alguém aí? E Férias, quem sabe né!

    Beijão
    Michelle Boyd
    Little Things

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  2. Oi, Caline! \o/
    Comigo também é diferente, concordo com a Michelle. Adoro chick-lit. Mas também concordo contigo sobre o diferencial da Marian. Ela escreve um chick-lit com mais conteúdo, mais do que sobre dilemas femininos, são problemas humanos, né? Ela vai mais fundo e eu adoro isso!

    Meu favorito também é "Férias!" e nunca vou esquecer a frase final do Luke. HAHA Que pena que "Tem alguém ai?" não foi tão bom pra você... Esse eu ainda não li e é, aliás, a primeira resenha que leio dele. rs Não sabia que falava de depressão (Casório?! também fala, mas não é um dos livros da família Walsh)... Acho que vou gostar dele. =P

    Quero ler em breve. ^^

    Beijos!

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  3. Oi Caline, eu também me irrito com as mocinhas de chick-lit, mas isso nunca me faz querer abandonar uma história o.Õ
    Eu li só Melancia dessa série e gostei bastante, e li também Sushi da autora, mas achei que tinha drama demais... Tenho mais três livros da autora, preciso ler logo. Só não sei se vou conseguir ler a série das irmãs em ordem o.Õ

    Beijos

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  4. Oi Caline,
    Até hoje eu só li um chick-lit, que foi da série Becky Bloom e apesar de me irritar algumas vezes com a protagonista eu acabei gostado do gênero. Nunca li nada da Marian Keyes, mas tenho curiosidade de ler Melancia.

    *bye*

    http://loucaporromances.blogspot.com.br/

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  5. Oi oi oiii..
    A história e o mistério parecem ler uma boa leitura, contudo, comecei a ler "Melancia" dela e abandonei. Ainda tenho um certo preconceito com a leitura da autora. Tenho que vencer isso. Até coloquei o Melancia na Meta de Leitura, rs!

    Seguindo o blog.
    E só pra dizer que é exatamente isso: temos livros na estante na espera e mesmo assim, ainda compramos mais.
    Livros é tudo de bom, rs! <3

    Beijos, Lu
    http://luizando.blogspot.com.br

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  6. Apesar de todas as resenhas positivas, esse livro não me despertou a tenção em momento algum sabe?
    Tenho medo de me decepcionar, eu acho ahhaha

    Beijos,
    Carol e seus livros.

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  7. Oie Caline
    esse livro tmb foi muito recomendado, e por isso eu o comprei. Ainda não estou na vibe de ler chick lit, pelos mesmos motivos que vc citou no inicio da resenha: sempre me irrito com a protagonista, ou o rumo que o enredo toma, mas quero ler ainda este ano para ver se a escrita da Marian me fisga como a da Sophie Kinsella
    bjos

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  8. Oi, Caline! Só li um livro da MK até hoje, o famoso Melancia, mas tenho Sushi e um outro em casa. Minha nossa, quanta coisa para ler. Enfim, gosto do jeito que ela escreve e pretendo ler outro livro dela logo. Esse parece bom, com uma trama interessante.
    Beijos

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  9. Ainda não li nenhum livro da Marian Keys, mas eu to com Melancia aqui e não vejo a hora de ler :) Sei que vou querer todas as obras da autora só pelas resenhas que vejo por ai hahahaha!

    Beijos. Tudo Tem Refrão

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  10. Ei Caline!!!

    Também acho que o maior charme deste livro está em acompanhar o restante da família Walsh.
    Estou DOIDA pelo livro da Helen (minhas personagem preferida).


    Eu acho que de uns tempos para lá a MK tem mudado um pouco o tom dos livros delas.
    Há mais de um ano estou com A estrela mais brilhante do céu e não peguei para ler.

    Meu preferido também é Férias (por causa das calças de couro do Luke).

    Bjins

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  11. Da Marian li Férias e Melancia, adorei os dois!!

    A escrita dela, sempre usando o bom humor, é ótima. Pena que eles são meio carinhos né?

    bjs

    www.chatadoslivros.blogspot.com.br

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